17.10.05

estudos deseducados

Somos um povo mal educado. Literalmente.
Ou pelo menos somos menos educado do que os outros. Em termos formais, claro está. Temos menos escola.

Excepto a da vida, dirão alguns.
Por momentos esqueçamos essa e cinjamo-nos à que tem professores e exames.

Em princípio, aqueles que têm mais desta escola procuram funções de maior projecção social e são encarregues das funções de complexidade intelectual superior porque foram preparados para tal.
Assim, o nível de elaboração médio das actividades de uma sociedade estará directamente relacionado com o seu índice de escolaridade.

Pelo acima exposto, dir-se-ia natural que em Portugal tivéssemos menor propensão para trabalhos de cariz analítico, como estudos, projecções ou avaliações.
À partida, o abandono escolar, o trabalho infantil, os salários baixos e o tecido empresarial dominado por micro empresas confirmariam essa percepção e indiciariam um claro domínio do conhecimento aplicado à profissão e dela resultante.

Mas não é assim, pelos vistos temos estudos demais. Para alguns, o problema é não sabermos executar, para outros o mal está em preferirmos sustentar uma opinião, em vez de falarmos de cor sobre assuntos que não dominamos.