13.1.08

cidade do futuro

Não sei lidar com o trânsito, fico transtornado com as filas e qualquer concentração de pessoas deixa-me imediatamente irritado.

Estas características não constituem vantagens na abordagem aos transportes públicos, por definição atolados de pessoas. Na ânsia de evitar o contactos forçado com pessoas que não conheço, o melhor que costumo conseguir é um lugar de pé com um metro de proxemia. Não me queixo quando assim é, felizmente tenho idade e resistência para me aguentar sem dificuldades.

O pior que me pode acontecer é descobrir um lugar tranquilo, afastado da multidão, e ver esse lugar ser descoberto e a minha ilha invadida por pessoas sem sentido de intimidade. A minha vontade é levantar-me, algo que faço com alguma frequência.

Conto isto tudo para explicar como me lembrei de uma solução para os transportes urbanos que poderia facilitar o trânsito na cidade: passadeiras cobertas com cadeiras individuais, duplas e quádruplas e separadores opacos entre assentos.

Estas passadeiras correriam a cidade em permanência em circuitos equivalentes aos dos autocarros. Haveria pontos de entrada/saída de 100 em 100 metros ao longo de toda a cadeia. A passadeira teria um circuito principal e vias de desaceleração e aceleração, à semelhança de uma autoestrada, nos pontos de entrada/saída. Os utilizadores introduziriam o destino e as preferências de assento e pagariam da forma que mais lhe aprouvesse.

Isto permitiria um meio de transporte seguro a circular em permanência, sem condutores, flexível, fiável, pontual e de controlo fácil para as forças de segurança.
O problema seria o investimento inicial, forçosamente elevado. Não tenho conhecimentos técnicos para avaliar o volume de investimento financeiro necessário mas estou convencido que valeria a pena fazer pelo menos o estudo.

Nuno