5.12.05

a economia

não está à margem das ideologias. Pelo contrário, está imersa em convicção, fé e tabus.

Cavaco aflorou a questão das políticas pró-cíclicas seguidas nos últimos anos, num tom de transparente antecipação do desinteresse de Alegre pelo tema e do corte de palavra a que viria efectivamente a ser sujeito.
Outro talvez não deixasse escapar e lembrasse tempos idos em que a economia carburava em pleno mas era continuamente alimentada pelo Estado.

Alegre tentou a gracinha na questão estrutural mas não conseguiu desenvolver e Cavaco habilmente deixou cair.

Já o referi em posts anteriores: Cavaco só pode ser afrontado se algum candidato o questionar justamente na área que toma por sua.
Aí ruiria a estratégia de «não me comprometo» e seria possível perceber para que lado do hemisfério pende a balança do candidato.

Stôr, como ganhar eleições sem soar keynesiano?