Cuspir para o ar
Os jornalistas Joaquim Eduardo Oliveira e Jorge Van Kriken, autores das notícias sobre os registos telefónicos de figuras do Estado apensos ao processo Casa Pia, foram constituídos arguidos por "acesso indevido a dados pessoais".
Aqui estão os bodes espiatórios que a nossa, ultra-eficiente, Procuradoria Geral da República arranjou para tentar amainar as críticas da opinião pública. Não que os jornaçistas não tenham culpas no cartório, pois, por um lado, eles têm um dever ético e moral que vai muito além de um mero factor comercial, coisa que hoje em dia vem sendo cada vez mais esquecida. Por outro lado, estes senhores sabiam perfeitamente que estavam a violar o segredo de justiça e o estatuto de jornalista, embora lhes conceda privilégios, não lhes permite fugir à lei.
Contudo, constituição destes senhores como arguidos, por acesso indevido a dados pessoais, não vai resolver o problema de fundo da Procuradoria Geral da República. Esta retaliação apenas castiga quem entrou e não quem deixou a porta aberta que, a meu ver, deve ter sido quem mais beneficiou desta grande embrulhada. Pois, foi o indivíduo que permitiu o acesso dos jornalistas a esta informação, aquele que enxovalhou todos os visados nas conversas e traiu, ainda mais, a confiança de todos os portugueses no sistema de justiça. O que significa que, o verdadeiro prevericador vai ficar impune e que a nossa Procuradoria Geral da República continua a ser incapaz de resolver os seus problemas internos.
-Tiago-
Aqui estão os bodes espiatórios que a nossa, ultra-eficiente, Procuradoria Geral da República arranjou para tentar amainar as críticas da opinião pública. Não que os jornaçistas não tenham culpas no cartório, pois, por um lado, eles têm um dever ético e moral que vai muito além de um mero factor comercial, coisa que hoje em dia vem sendo cada vez mais esquecida. Por outro lado, estes senhores sabiam perfeitamente que estavam a violar o segredo de justiça e o estatuto de jornalista, embora lhes conceda privilégios, não lhes permite fugir à lei.
Contudo, constituição destes senhores como arguidos, por acesso indevido a dados pessoais, não vai resolver o problema de fundo da Procuradoria Geral da República. Esta retaliação apenas castiga quem entrou e não quem deixou a porta aberta que, a meu ver, deve ter sido quem mais beneficiou desta grande embrulhada. Pois, foi o indivíduo que permitiu o acesso dos jornalistas a esta informação, aquele que enxovalhou todos os visados nas conversas e traiu, ainda mais, a confiança de todos os portugueses no sistema de justiça. O que significa que, o verdadeiro prevericador vai ficar impune e que a nossa Procuradoria Geral da República continua a ser incapaz de resolver os seus problemas internos.
-Tiago-
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