27.10.05

basa!

Quase 20% dos portugueses com o ensino superior vivem no estrangeiro

Habitantes do Malawi, terão que se esforçar para chegar ao nosso nível!
E pretendemos ultrapassar a República Dominicana a médio prazo, eles que não se acomodem!

Em Portugal, as saídas dos cursos superiores são mesmo... saídas.

A propósito, teria curiosidade em saber quantos dos que emigram para estudar voltam. E o que seria necessário para que tivessem vontade ou possibilidade de o fazer.

A centralização do poder no mundo vai acontecer pela via do conhecimento.

Irão quer "apagar" Estado hebraico

leio por aí

que a blogosfera tem regras.

Quando me inscrevi, ninguém me avisou. Obviamente, supus que as tivesse, pois alguém sempre as introduz, mas quis acreditar que se limitassem às especificações técnicas do espaço virtual e da sua gestão.

Começo a sentir-me na pele do Dr. William Harford (a personagem de Tom Cruise em Eyes Wide Shut) quando vagueia pelos salões na festa privada para a qual não fora convidado.

um grande exemplo de psicologia de massas

No Diário de Notícias de hoje aparece a seguinte notícia:

"Pânico na escola mata oito alunos Um movimento de pânico numa escola primária chinesa, em Guangna, levou à morte de pelo menos oito alunos. Outros 45 ficaram feridos. Segundo os media locais, tudo terá acontecido ao fim da tarde de terça-feira, quando, com a luz apagada, um aluno gritou "fantasmas", lançando o pânico entre os colegas que desciam as escadas."

Imagino o estado de alma actual do aluno que fez a piadinha.

26.10.05

estou viciado

em informação. Dei por mim há pouco a pensar que hoje nada de especial aconteceu.

Vou entrar em recuperação. Nada de muito brusco. Comprometo-me a não ouvir qualquer notícia antes do pequeno-almoço.

Será que há adesivos para estes casos?

sindicatos e sindicalistas

estão fora de prazo.

Minhas senhoras e meus senhores, o tempo é de expressão individual. Se o povo é sábio para votar, também o é para defender os seus direitos. Coerência acima de tudo, defendo eu.

Não compreendo os argumentos para a continuidade deste modelo ultrapassado. Se o objectivo é sustentar estruturas que apoiem determinada classe laboral ou conjunto de profissionais, criem associações. Em todos os cantos do mundo estas conseguem voz.

Tudo isto porque esta manhã ouvi qualquer coisa como "qualquer dia já não vale a pena ser sindicalista em Portugal". Pois bem, a porta é ali, penso que sabe o caminho.

com gosto, irra!

Espero ansioso pelo candidato à PR que queira efectivamente sê-lo.

E reclamo parcimónia a todos na contagem dos apoiantes: eu não vos pedi nada!

25.10.05

DECO critica ineficiência das repartições de finanças

A administração fiscal é ineficiente no atendimento ao público e incapaz de ajudar os contribuintes a pagarem os impostos, conclui a DECO, na revista Dinheiros e Direitos de Novembro/Dezembro, depois de fazer um estudo a 126 repartições.

O tema está longe de ser novo. Não faltará quem possa queixar-se de situações vividas em repartições das finanças. Como muitos, também passei já momentos curiosos em filas em tais locais.

Importa contudo ressalvar, num tempo em que a administração pública está sob escrutínio generalizado, que o nosso sistema fiscal é complexo, tem sofrido alterações significativas com uma regularidade inusitada e que, em última análise, o cidadão é o principal responsável pela sua informação e pelo cumprimento atempado das suas obrigações.

alguém consegue

vir a público explicar o que realmente move Mário Soares na corrida às presidenciais?

No dia em que apresentou o seu manifesto eleitoral, Mário Soares disse que se candidata à chefia do Estado, pela terceira vez, para impedir a ascensão da direita «revanchista», que acusou de pretender subverter o actual regime constitucional.

Do discurso só consegui retirar que se diz o que for preciso. Coerência só nos fins, nos meios desapareceu. Mas isso também já é histórico.

Bem a propósito, leia-se o que vem sendo dito sobre o assunto aqui.

Mário Soares

tem um novo motivo de preocupação: Dias da Cunha disse que ele, Mário Soares, é um vencedor.

Resta saber se acrescentou em privado «se o país fosse meu...».

24.10.05

o que faremos

se a nossa influência no clima for demasiado evidente para ser relativizada?

quanto tempo

até começarmos a olhar os pombos com suspeição?

- Ouve lá, aquele ali da mancha branca não parece engripado?

podcasting

open source

21.10.05

consultoria de moda

Queiramos admiti-lo ou não, todos cuidamos, de uma forma ou de outra, da nossa aparência. E preocupamo-nos com as nossas escolhas de vestuário, sobretudo em situações socialmente complexas.

Infelizmente, e por mim meço a questão, poucos sabemos como deveríamos apresentar-nos. Não estou a referir-me só à etiqueta, falo da roupagem que mais se adequa a nós, levando em consideração a nossa fisionomia, os nossos comportamentos e hábitos e o nosso estilo de vida.

Acabamos assim por jogar a olho ou por assumir uma atitude de (pretenso) desprezo pelas normas sociais e/ou pela opinião dos outros.

Proponho que pessoas que percebam do assunto criem gabinetes de consultoria de moda para o cidadão comum. Fariam o estudo detalhado do cliente e definiriam as roupas que, dentro do perfil deste, mais se adequariam a cada ocasião.
O cliente passaria assim a ter um guia que lhe permitiria evitar todas as situações de compras desastradas.

Sim, sei que a maioria das pessoas não aderiria a este conceito, mas assim se passa com todos os negócios. Estamos na era dos nichos.

no futuro

serei cada vez mais ignorado.

Quem não tem filhos não conhece a incrível sensação de impotência que meio palmo de gente que nos confronta de peito aberto, nos obriga a repetir a mesma coisa infinitas vezes com indoseada paciência e despreza com profunda convicção a nossa opinião pode provocar.

Filho és, pai serás, dizia o meu avô e mais tarde o meu pai. Hoje repito-o em surdina, solidário pela vítima que sou e pelo agressor que fui.

Voltar atrás, ainda que o pudesse recusaria sem hesitação. Quero mais, só assim posso estar certo de nunca me levar demasiado a sério.

novo post nos mercados

comentários,

o espaço que voltei a abrir para eles e a perseguição do spam.

Agradeço a sugestão que recebi de um amigo: volto a abrir o blog a comentários, todos benvindos. Se aparecer uma nota a avisar que um deles foi apagado, será spam que eliminei, nunca participações de qualquer espécie.

O mesmo se aplica ao cloque mkt.

20.10.05

novos posts nos mercados

avian influenza FAQ

mais do que uma novidade, trata-se de uma tendência e diversos cenários estão em equação.

No site da Organização Mundial de Saúde, a agência das Nações Unidas especializada em questões de saúde, foi criada uma página de Perguntas Frequentes sobre a gripe das aves.

19.10.05

era uma vez

três homens que se preparavam para um concurso. Vamos chamar-lhes Aníbal, Mário e Manuel.

O concurso consistia em duas rondas de desafios para seleccionar o próximo dirigente do jogo, sendo que na primeira participavam todos os jogadores e na segunda aquele que fosse afastado apoiaria um dos outros.

Cabia ao público escolher o mais capaz.
Dadas as experiências anteriores e os perfis dos jogadores, os membros do público elegiam em segredo o seu favorito e formavam opinião sobre as hipóteses de cada um vencer.

Aquele que parecia ter menos hipóteses era o Manuel. Pouco apoiado, enfrentava adversários de grande calibre e experiência, com estratégias delineadas por especialistas e claques de encorajamento bem treinadas.

Aníbal tinha fama de inflexível mas tinha conseguido que o público acreditasse que aplicaria a força com serenidade. Bastaria portanto que o juri acreditasse que usaria os novos poderes de forma discricionária e castigadora.

Quanto a Mário, não havia como inverter a imagem de simpatia que havia gerado. Havia então que transformá-lo em pateta. Que tal começar por lembrar que o Mário já existia há muito quando qualquer um dos outros jogadores nasceu, e que era preciso não descurar o respeito devido a pessoas assim? Infantilizá-lo.

Uma coisa parecia certa: havia que enfrentar os dois de uma vez, se jogasse com o olho na segunda volta e se concentrasse apenas num deles estaria condenado.

a olhar para o sol


estás tu e eu
que no astro te vejo a ti

18.10.05

The spreading bird-flu menace reaches Europe

um caso de estudo

excelente sobre a questão dos benefícios dos trabalhadores.

In pensions, most of the problems lie in “defined-benefit” plans, under which the employer promises to pay a pre-agreed pension (usually a proportion of each employee's final salary). In the past 20 years, firms have been closing such funds, at least to new workers. They now favour “defined-contribution” schemes, whereby the firm promises to make regular payments into a pot that will pay a pension that reflects the market performance of the money invested. This gives the employer certainty about its costs, whereas the employee—unlike in a funded defined-benefit scheme—faces uncertainty about what pension he will have.

As analogias a retirar das ideias apresentadas neste artigo para o debate sobre o estado da Segurança Social são óbvias. Não se trata de ideologia mas da mais elementar regra de sobrevivência.

o ser que não sou

Os dias imitam-se na sua calma rotineira
e arrastam um corpo que reconheço desde sempre;
não perguntam o que quer, como se sente,
ou sequer se concorda com o caminho que segue.
Esta é a natureza egoísta do tempo, seguro
da sua continuidade, alheio aos pequenos dramas.
Mas reparo que também eu deixei de olhar para mim,
que adoptei a postura dengosa do tempo:
fechei os olhos ao problema que sou, às questões
que coloco e ao que represento para ti.
Há muito não pergunto quem sou ou quero ser;
continuo contudo na ânsia da resposta, como se
esta fosse chegar de surpresa e mudar tudo.
Sem me conhecer, duvido das emoções que julgo ter
pois podem não me pertencer.
E não percebo que lugar ocupo.

mitos

que caem na dor do toque. São os que encontrei ao longo do tempo em que os criei. Entretanto desisti de os inventar e grito em recusa quando tentam impôr-se.

Procuramos referências, liderança, guias na confusão das escolhas, e por vezes julgamos encontrá-los, brilhantes e sedutores, seguros na ascendência que exercem.

Até que nos aproximamos, olhamo-los nos olhos, sentimos o seu bafo e ouvimos as trémulas certezas, cobertas de medos e sufocadas pelo desconforto que atinge quem não está preparado para a missão de que foi incumbido.

Procuro heróis.

17.10.05

novo post no business as usual

estudos deseducados

Somos um povo mal educado. Literalmente.
Ou pelo menos somos menos educado do que os outros. Em termos formais, claro está. Temos menos escola.

Excepto a da vida, dirão alguns.
Por momentos esqueçamos essa e cinjamo-nos à que tem professores e exames.

Em princípio, aqueles que têm mais desta escola procuram funções de maior projecção social e são encarregues das funções de complexidade intelectual superior porque foram preparados para tal.
Assim, o nível de elaboração médio das actividades de uma sociedade estará directamente relacionado com o seu índice de escolaridade.

Pelo acima exposto, dir-se-ia natural que em Portugal tivéssemos menor propensão para trabalhos de cariz analítico, como estudos, projecções ou avaliações.
À partida, o abandono escolar, o trabalho infantil, os salários baixos e o tecido empresarial dominado por micro empresas confirmariam essa percepção e indiciariam um claro domínio do conhecimento aplicado à profissão e dela resultante.

Mas não é assim, pelos vistos temos estudos demais. Para alguns, o problema é não sabermos executar, para outros o mal está em preferirmos sustentar uma opinião, em vez de falarmos de cor sobre assuntos que não dominamos.

voltando à carga

não percebo que justificação pode existir para as restrições legais existentes em Portugal relativamente aos jogos de fortuna e azar.

Dos argumentos que me ocorrem quando penso no assunto, nenhum sobrevive ao mais insignificante contraditório.

Afinal de contas, uma pessoa pode perder toda a sua fortuna, desde que seja em casinos autorizados ou nos delirantes jogos da Santa Casa.

antes que expluda

sugiro que se centralize. A segurança social europeia, quero dizer. E que essa gigantesca estrutura financeira seja gerida com critérios de eficiência, tanto na recolha dos fundos como na aplicação dos mesmos.

Talvez assim se caminhasse para a imunidade a mudanças ideológicas, caprichos governamentais, amuos dos funcionários e cunhas.
Não tenho ilusões, todos os sistemas estão sujeitos a falcatruas, mas acredito que, impondo distância entre a protecção social e os cidadãos, estes últimos perderiam familiaridade com a primeira e naturalmente procurariam soluções alternativas para resolver os seus problemas individuais.

Para além disso, estaria criado um investidor institucional com capacidade para rivalizar com outros de dimensão significativa existentes nos EUA e na Ásia, dinamizar os mercados financeiros europeus e investir nas empresas com capacidade para enfrentar uma concorrência que ameaça deixar a UE a ver navios.

16.10.05

golfoot

é o novo desporto que acabei de criar: como o nome denuncia, trata-se de um condensado de golf e football, jogado no campo do primeiro mas com os artefactos do segundo.

Como acontece no jogo tradicional de golfe, os jogadores teriam que colocar a bola no buraco com o mínimo possível de jogadas... mas teriam que fazê-lo com o pé.

Naturalmente, diversas alterações seriam necessárias. No entanto, seriam todas de natureza provisória, o que tornaria possível a convivência dos dois jogos no mesmo campo, à semelhança do que acontece nos pavilhões desportivos para as modalidades ditas amadoras.

Sem qualquer esforço, consigo imaginar uma quantidade significativa de potenciais grandes jogadores.

14.10.05

E assim nasce

novo post nos mercados

a suprema discricionaridade

da natureza deixa-nos de mãos atadas.

Se relativamente a alguns fenómenos podemos pensar que temos possibilidade de intervenção, outros submetem-nos à expectativa impotente.

Talvez seja mais do que uma simples curiosidade estatística a correlação positiva verificada entre a flexibilidade e o dinamismo das sociedades e a ocorrência de catástrofes nos respectivos territórios.

dão-me licença

que vos atropele indiscriminadamente?
China lança segunda nave espacial tripulada da sua história

Algo me diz que a Europa se arrisca a ser ridicularizada a breve prazo. Em todos os capítulos.

não sou de Felgueiras, Gondomar ou Oeiras,

mas se fosse estaria danado por saber o meu voto sob escrutínio popular.

Como teriam reagido os lisboetas se a decisão colectiva de eleger Pedro Santana Lopes para Presidente da Câmara Municipal de Lisboa nas anteriores eleições tivesse sofrido críticas violentas de residentes noutras zonas do país?

Este é um caminho perigoso, pode criar a sensação que há cidadãos mais aptos para a cidadania do que outros.

13.10.05

E se MM Carrilho (MMC)

tivesse, no início da campanha, oferecido publicamente o lugar de vice a António Carmona Rodrigues (ACR) na sua futura equipa e regularmente lembrasse o papel deste no apoio a Pedro Santana Lopes (PSL)?

Por um lado, capitalizaria no desgaste de PSL, que naturalmente transbordaria para ACR.
Por outro, ao enaltecer ACR enquanto vice, remetê-lo-ia para a categoria de assistente, sem perfil para assumir posições de liderança.

Ao longo da campanha, mostraria respeito pelos conhecimentos técnicos de ACR mas tratá-lo-ia com alguma altivez, referindo com frequência que, depois das eleições, precisaria de muitos esclarecimentos sobre os dossiers e as decisões tomadas.

E nos debates dar-lhe-ia umas palmadinhas nas costas depois do aperto de mãos.

12.10.05

a luta política nos dias que correm

está cada vez mais estimulante.
Leio alguns indícios deste fenónemo no panorama dos blogs.

10.10.05

vince

TROPICAL STORM VINCE ADVISORY NUMBER 6
NWS TPC/NATIONAL HURRICANE CENTER MIAMI FL
5 PM EDT MON OCT 10 2005

...VINCE ABOUT TO WEAKEN TO A DEPRESSION AS IT RACES EASTWARD...
...REMNANTS EXPECTED TO COME ASHORE NEAR SOUTHERN PORTUGAL...

No segundo pior ano de tempestades desde que há registo, a vigésima dirigia-se para nós. Afinal só vamos conhecer os resíduos da calamidade anunciada.

Não há consenso quanto às tendências atmosféricas, ou pelo menos quanto às causas dos fenómenos observados, resta portanto a quem se antecipa no papel de vítima preocupar-se por os mais pessimistas poderem estar certos.

os jogos da Santa Casa

poderiam incluir uma secção para os crentes no azar, na qual as pessoas apostariam na sua capacidade para falhar.
A troco de um pagamento adicional, o jogador habilitar-se-ia a receber um prémio no caso de não acertar em qualquer dos números sorteados. O valor deste prémio seria inversamente proporcional às probabilidades de (in)sucesso.
Ficaria em aberto a hipótese de acumular a aposta, na perspectiva de atingir somas significativas no caso de vários sorteios seguidos sem qualquer aposta bem sucedida.

Vou enviar a sugestão para a SCML. Se os jogos são de «fortuna e azar», está na altura de retirar o monopólio à sorte.

7.10.05

fases da vida

A esperança média de vida dos seres humanos cresce de forma consistente na medida da eficácia dos conhecimentos adquiridos nos diversos ramos da medicina e da melhoria das condições de vida.
Verifica-se igualmente um aumento significativo dos níveis de saúde e energia nas pessoas mais idosas, o que se reflecte na presença e na postura activa destes últimos na vida em sociedade. Nunca como hoje se assistiu à convivência de tantas gerações interventivas.
É portanto factual a alteração do ciclo de existência e dos papéis desempenhados por cada geração.

No entanto, esta evidência não nos levou a reequacionar o nosso comportamento nas primeiras fases da vida. Por regra, continuamos a planear o futuro como o faziam os nossos antepassados, como se a morte chegasse por sistema aos 50 ou aos 60. Isto verifica-se tanto na sofreguidão pela independência enquanto adolescentes ou jovens adultos como na ânsia pela reforma na meia-idade.
As estimativas actuais apontam para uma esperança média de vida bem superior a 100 anos em 2050. Neste contexto, colocar-se-á naturalmente a hipótese de uma adequação das diferentes fases, por exemplo dilatando cada uma na mesma proporção do aumento total.
Estudos científicos demonstram que o cérebro humano apenas atinge a maturidade por volta dos 25 anos de idade. Faria porventura sentido, no cenário de uma vida alargada, que a adolescência apenas terminasse com essa maturidade.

Importa contudo alertar para o facto de esta evolução na perspectiva que temos da nossa existência apenas poder aplicar-se às sociedades «desenvolvidas»: em variadíssimos pontos do globo a morte chega bem mais cedo.

nobel

The Nobel Prize in Physiology or Medicine 2005
"for their discovery of the bacterium Helicobacter pylori and its role in gastritis and peptic ulcer disease"
Barry J. Marshall
J. Robin Warren

The Nobel Prize in Physics 2005
"for his contribution to the quantum theory of optical coherence"
Roy J. Glauber
"for their contributions to the development of laser-based precision spectroscopy, including the optical frequency comb technique"
John L. Hall
Theodor W. Hänsch

The Nobel Prize in Chemistry 2005
"for the development of the metathesis method in organic synthesis"
Yves Chauvin
Robert H. Grubbs
Richard R. Schrock

The Nobel Peace Prize 2005
"for their efforts to prevent nuclear energy from being used for military purposes and to ensure that nuclear energy for peaceful purposes is used in the safest possible way"
International Atomic Energy Agency (IAEA)
Mohamed ElBaradei

The Bank of Sweden Prize in Economic Sciences in Memory of Alfred NobelMonday
October 1
01:00 p.m. at the earliest

The Nobel Prize in Literature
The Swedish Academy will set the date for its announcement later.

silêncio!

A poluição sonora e visual foi omnipresente na sociedade moderna. Na pós-moderna juntam-se àquelas a agressão virtual e a instrusão mental. Em breve será difícil ter pensamentos privados ou mesmo próprios, serão todos comuns.
Não deixa de ser paradoxal que, no reino do individualismo, eu multiplique esforços para conhecer cada vez com maior profundidade o Outro, ou que recorra com crescente conforto a medicamentos modificadores do comportamento na sociedade do bem-estar e da realização pessoal.
Depois dos inúmeros adereços criados para mascarar a fisionomia, surgem os fármacos para dissimular a alma. De tal forma que o conceito de personalidade está posto em causa.
Peço silêncio, não consigo ouvir-me pensar.

6.10.05

síndrome de saturação

Li hoje um artigo numa revista menos recente sobre serviços de luxo. Destinadas a quem tudo tem, pretende-se que estas experiências de vida sejam a salvação daqueles que perderam o gosto pelo luxo ordinário.
Este conceito despertou uma reflexão que me acompanhou durante um longo período mas que há muito havia trocado por um qualquer artigo de pragmatismo: será possível cansar-se da vida logo no início?

4.10.05

teatro

Três companhias de teatro do Porto fecharam as portas. Por falta de subsídios, segundo as próprias, que não foram atribuídos por força de uma providência cautelar interposta por uma companhia que contesta o facto de não ser contemplada pelas verbas previstas pelo Instituto das Artes para a região norte (ver notícia).

O teatro é pensado para o público. Se este não aparece, o responsável não pode ser o Estado. Se o espectáculo não atrai espectadores não justifica a sua própria existência.
A este respeito, recordo os pontos de vista do José Pedro Gomes numa entrevista recente que infelizmente não consigo recuperar para divulgar aqui e dos responsáveis pela série «Sim, Sr. Ministro» num episódio sobre o tema em que se discute a importância relativa das artes no contexto social.
Deixo ainda o exemplo interessante do Espaço Evoé.

3.10.05

Nuclear

2.10.05

conceber, planear, executar e gerir

Volto ao tema. Não se pode dizer que tenha algo de novo. Pelo contrário, é alvo antigo de reflexão.
Sou de opinião que os perfis humanos se encaixam genericamente numa destas 4 categorias: concepção, planeamento, execução e gestão. As características que se adequam ao bom desempenho em cada uma destas funções são distintas e inconfundíveis.
Com isto assente, seria bem mais simples alocar as pessoas pelas diferentes posições, projectos ou etapas dos mesmos.

Nota: em complemento ao meu post anterior, digo que não temos falta de poder de execução mas cometemos o erro sistemático de baralhar as diferentes capacidades e escolher para posições de acção pessoas de análise.

1.10.05

executar

Começo a perceber que o pensamento colectivo funciona como uma piscina com ondas virtual, na qual alguns pensadores de referência geram movimento no líquido conceptual, dando origem a vagas de opinião que engolem toda a sociedade.
Estas ondas perdem progressivamente a sua dinâmica característica até se esgotarem no outro extremo da piscina, entretanto substituídas por ideias fresquinhas.
A última destas agitações prende-se com a execução e a pretensa incapacidade portuguesa para a mesma.