28.4.06

Governo reconduz Vítor Constâncio

O Conselho de Ministros renovou, esta quinta-feira, a nomeação de Vítor Constâncio para o cargo de Governador do Banco de Portugal e aprovou as Grandes Operações do Plano para 2007, anunciou o Governo.

Que coincidência, logo a seguir à única vez em que o BP emitiu a sua única opinião desfavorável à acção governativa desde que este Governo tomou posse...

Poderá ser masoquismo de Sócrates, mas tenho outra opinião: num cargo como o de Governador do BP, ficaria muito mal visto reconduzir o actual titular sem que este tivesse afirmado a sua independência.

Ora, até ao fatídico relatório (em que o BP se limita a concordar com o óbvio e com aquilo que outras instituições de peso bem mais relevante já haviam relatado) a sensação era de total comunhão entre Governo e BP, cujo comportamento em nada vinha diferindo de outro qualquer orgão ao serviço do Estado.

Com uma análise crítica que nunca poderia deixar de fazer, sob pena de perder a sua credibilidade no BCE e assim comprometer fortemente a própria imagem de Portugal, Constâncio assegura à nação que não está ali para compromissos políticos e que continua a ser portanto o homem certo para o lugar.

O Governo agradece e mantém na posição alguém conveniente.

[Nuno]

22.4.06

parabéns a Adriaanse

Gostava de ter desportivismo para mais mas não consigo. Não com o nosso futebol. No clima que se sente em redor do campeonato nacional, não há título que se sinta merecido. Seja nosso ou dos outros.

Mas deixo os parabéns ao holandês determinado que dirige a equipa do F.C. Porto: mesmo nos momentos piores manteve a confiança em si e naquilo que acredita.

Naturalmente, de felicitar também quem teimou em mantê-lo quando poucos acreditavam que tal se justificasse.

E por aqui me fico, pois o resto não me diz respeito.

[Nuno]

21.4.06

football one-on-one

é o nome de um desporto que inventei.

Jogado num recinto do tamanho de um campo de tenis (ou similar) com uma bola de futebol de salão, só teria duas balizas e as marcas das áreas de cada jogador. Estas áreas teriam uma profundidade equivalente a 1/3 do comprimento do campo.
Um golo só seria válido se o remate fosse efectuado dentro da área privada do jogador, excepto se antes do remate o jogador desse apenas um toque na bola depois de jogada pelo adversário.
O jogador sem a posse da bola poderia exercer pressão no campo inteiro salvo na área do adversário e, dentro da sua área, poderia defender com as mãos.
Qualquer infracção sancionada daria lugar a livre directo.

[Nuno]

o cúmulo da desconfiança é

hesitar antes de se baixar para apanhar o sabonete ao tomar duche sozinho.

[Nuno]

10.4.06

questão de feitio

Em França, o Governo viu-se forçado a recuar numa reforma que havia considerado essencial para o desenvolvimento da economia. Tudo porque o povo saiu à rua em massa e ameaçou congelar o país.

Há um efeito desculpabilizante da acção governativa em todos os episódios do género: quem pode administrar convenientemente uma nação sujeita a uma democracia tão... directa?

Numa inferência possivelmente abusiva, eu diria que em Portugal acontece o oposto: como, numa tolerância genética, somos invariavelmente passivos perante políticos despudorados pelo sentimento de impunidade, governar deveria ser simples e, em cada erro, a culpa deveria ser facilmente apurada.

Mas não é assim, pois não?

[Nuno]

ingenuidade II

Nas histórias de concertação social, o Governo faz sempre uma primeira proposta a pensar no bem comum. No entanto, quase invariavelmente acaba por ceder à pressão dos sindicatos. Esta cedência é em nome do bem de quem?

[Nuno]

9.4.06

o jornalismo em Portugal


e a imagem que transmite a quem ainda lhe liga.
Isto a propósito de «Descubra as Diferenças», um novo programa na habitualmente positiva Radio Europa Lx que tive a infeliz ideia de ouvir hoje.

[Nuno]

7.4.06

Catarina, este é o mundo...

mundo, esta é a Catarina.
[Nuno]