Estarão os candidatos baralhados ou será sua intenção baralhar os eleitores?
Se Cavaco é, como dizem, «neoliberal», porque se apresenta com a proposta mais intervencionista?
Se os votos não pertencem a qualquer partido ou candidato, como reclamam em contínuo, porque apelam repetidamente ao «eleitorado de esquerda»?
Se a idade não é relevante, para que servem os mandatários da juventude?
Se uma das funções de um presidente é ser «ouvidor», para quê tanto drama porque Cavaco fala pouco?
Se a principal atribuição do PR é garantir o regular funcionamento das instituições, porque se fala tanto em ideias para o país?
Se o grande perigo na potencial eleição de Cavaco é a sua conflitualidade, porque é ele o único candidato que ainda não atacou qualquer um dos outros?
Se Cavaco sabe, porque seguramente o sabe, que a liberdade de acção do PR nos momentos cruciais depende do respeito escrupuloso do seu raio de acção, porque procura passar a ideia de uma intervenção regular no teatro social?
Se elegemos um Governo por maioria absoluta há tão pouco tempo, por que razão estas eleições são tão importantes para devolver a confiança ao povo?
Se Jerónimo de Sousa, Francisco Louçã e Garcia Pereira concorrem mesmo à Presidência da República, porque continuam na corrida nesta fase?
Se todos concordam que «as sondagens valem o que valem», porque continuam os media a gastar dinheiro nas mesmas?
Se todos os candidatos fossem «candidato-algo», como Alegre é «candidato-poeta», qual seria o cognome dos restantes?